Sentia–se cada vez mais longe…
Porque estava perto.
Em nada se encontrava por mais esforço que fizesse.
Às vezes lembravam-lhe as semelhanças que tinha. As físicas. Dessas não se podia distanciar. Mas só dessas.
Em tantas outras a distância alongava-se.
Onde se sentia melhor era afastada. Não tinha de se fazer igual.
Era mais autêntica.
Das raízes não sentia a falta talvez porque as criara em chão alheio.
Sem pátria, construíra um mundo só seu.
Aí albergava quem queria. Quem podia pertencer-lhe inteiramente.
Fosse pelo tempo que fosse.
Dos outros que lhe puseram o sangue a correr nas veias, desses, estava cada vez mais afastada. E era assim, naturalmente. Sem dor ou abandono.
Era feliz onde vivia. No espaço que criara sozinha.
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