Foram saindo, um a um, sem pressas.
A sala que ainda há pouco estava cheia de vida, foi ficando vazia.
Aqui e ali, coisas fora do lugar davam conta da presença de todos.
Ela ficou sozinha. Deixou-se cair no sofá e fechou os olhos.
Não queria ainda deitar-se. Procurava reter todos os momentos, com cuidado.
Ficou sozinha mas não se sentia assim. Nessa noite tinha percebido que nunca se sentiria assim. Mesmo que as ausências se fizessem.
Abriu os olhos e passeou-os á sua volta. Os sorrisos e as conversas ainda lhe soavam. Sentia-se bem.
Levantou-se e apanhou a caixa das fotografias que lhe tinham revolvido.
Começou a arrumá-las lentamente. De vez em quando parava. Fixava-se como se quisesse voltar ali.
Uma lágrima escorregou-lhe dos olhos. De alegria.
Apesar de tanta coisa, sentia que valia a pena. Tudo.
E eram maiores as vitórias que a derrotas… Tinha-se inteira.
Secou a lágrima. Tapou a caixa. Levantou-se.
Olhou uma vez mais para a sala. Apagou a luz.
No escuro, sem testemunhas, sorriu tranquila. Sentiu-se tola.
Adormeceu, ainda assim.
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Que bonito.
ResponderEliminarGostei muito desta mensagem.
Beijinho
Gostei muito!!
ResponderEliminar(transmite uma leveza uma tranquilidade que faz sentir bem...)
beijitu