Achava sempre que o sono era o motivo perfeito para se ausentar.
Dava-lhe as boas vindas deixando-o instalar-se nas pálpebras que agora pesadas desciam devagarinho. Fechava as janelas no abraço cúmplice das pestanas. Deixava-se envolver. Abandonava-se e por lá ficava até ter fome de acordar.
Havia quem a estranhasse e achasse que poderia não estar bem. Enchiam-na de perguntas a que não queria nem sabia responder. Deixassem-na dormir, desligar as luzes e entrar devagarinho no escuro que em vez de medo lhe trazia tranquilidade!
Sabia que depois, sem qualquer razão conhecida, tudo fluía melhor. As pausas devolviam-lhe a energia necessária para colher a vida.
Tanto elas como os silêncios nos deixam ouvir e fazer da vida uma melodia ritmada que acompanhamos dançando sem ruídos e correrias.
Que nunca o sono se fizesse ausência.
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