Havia quem pensasse saber já como tudo acontecia e nunca esperasse outra coisa.
Esses eram os que mais se surpreendiam.
Aos outros parecia-lhes natural a mudança.
Era assim que olhavam as coisas. Com olhos de ver crescer.
Olhos e coração abertos. Atentos e despertos.
Sabiam de quem hibernava. Pressentiam-lhes as metamorfoses.
Sonhavam-lhes as asas abertas, prontas para novos voos.
Sentiam-lhes o vigor e a vontade de o fazer.
Por isso, não estranhavam o que viesse. Sorriam e abraçavam-no.
Preparavam-se para novas viagens. Faziam-se ao caminho.
Consigo levavam só a vontade de navegar. Com quem também o quisesse.
O rumo, fá-lo-ia a caminhada.
Bastava estar avisado, ler os sinais, adivinhar-lhes o sentido.
E que nada os surpreendesse para além da surpresa maior que é viver.
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