The promise


The Promise - Tracy Chapman
If you wait for me then
I'll come for you
Although I've travelled far
I always hold a place for you in my hear
tIf you think of me
If you miss
me once in a while
Then I'll return to you
I'll return and fill that space in your heart
Remembering
Your touch
Your kiss
Your warm embrace
I'll find my way back to you
If you'll be waiting
If you dream of me
Like I dream of you
In a place that's warm and dark
In a place where I can feel the beating of your heart
Remembering
Your touch
Your kiss
Your warm embrace
I'll find my way back to you
If you'll be waiting
I've longed for you
And I have desired
To see your face, your smile
To be with you wherever you are
It would feel so good to be
In your arms
Where all my journeys end
You can make a promise
If it's one that you can keep
I vow to come for you
If you'll wait for me
Say you'll hold a place for me in your heart.

Sabes...?

Sabes, amor? Ás vezes apetece-me desistir.

Eu sei. Sinto-o. Ás vezes também a mim me apetece.

E como fazes para não o fazer? Porque e como persistes e avanças?

Por ti, por mim, pelo amor que nos une, por tanta coisa boa que sei possível fazermos.
Pelos sonhos e alegrias que lhes dão vida…

E… Basta-te isso? Tens todas essas certezas?

Não. Nunca bastou. Por isso ás vezes também quero desistir. Mas insisto em caminhar e só desistirei no último dia…

Último dia? Como sabes tu qual será o dia certo, o último?

Penso no último dia das nossas vidas, dentro de mim.

Sim, entendo. Mas…

Não. Não penses amor que te desapareço. Serei eu que desapareço de mim!

Quero-te tanto! Morreria nesse instante também.

Em descompasso

Quando os pensamentos andam em desalinho com as palavras e fazem viagens em que quase não se encontram, a boca tarda em dizer o que o coração já disse.
E depois… tudo já passou e o tempo que resta não é tempo de coisa nenhuma porque deixou de o ser num vácuo de velocidades às avessas.
Como se em câmara lenta as palavras deslizassem num pensamento que há muito violou todos os recordes de velocidade.
Um atraso e um desacerto que não tem conta instalam-se.
As contas da vida amontoam-se num sítio perdido, labiríntico.

Não há matemático que conheça tal ciência. Que a desbrave e controle.
No espaço selvagem de tanta coisa que se enrosca na ilusão dum dia ser posta a descoberto há batalhas surdas e miméticas.


Batalhas ilusórias e sem sentido.
Batalhas dum tempo perdido.


As memórias vão-se, instalando-se num qualquer lugar perdido.


Fica a sensação de que se viveu o que não se tem nem nunca se teve.
Não há silêncios, ou pausas que arrumem os descompassos quando estes são assim!



São arritmias no coração da vida. Ás vezes fatais

Encostámos ás boxes

De há tempos para cá andava a sentir um barulho e um cheiro esquisito. Ou era o carburador ou era outra coisa qualquer. Soube agora que era falta de água. Teve de encostar ás boxes.
Sempre se desleixou com os sinais. Desde que andasse e tivesse combustível... Andaria. Podia morrer-lhe nas mãos, mas seguiria no que tinha de fazer. E tinha sempre muito.
Juntos iam a todo o lado Riam, cantavam e choravam juntos também.
Não aguentou, como eu, a última viagem.
Deixou que avançasses nas minhas viagens até me deixar seca e dizerem-me um dia que tinha de parar e ser reparada. Não voltaria a casa.
Ele voltou. Com ele vieram ver-me duas vezes. Depois, assim como eu, encostou ás boxes. Estamos os dois em recuperação.
Quando um de nós estiver melhor, o outro senti-lo-á e partiremos de novo em viagens a sonhar e a viver.
Deixaremos de estar encostados e de olhar com olhos de quem só vê tristezas e riremos com a alegria de antes. Com sinceridade.
Voltaremos á vida. A outra. Um novo ciclo.

E...

...Só espero, amor, que tenhas morrido tantas vezes nos meus braços como eu morri nos teus.
E que os meus lábios, amor, te trouxessem a paixão á vida que me fizeste ter.
É só o que quero!