De tempos a tempos

De tempos a tempos dava sinal de si.
Parecia ter-se despedido ainda agora… Retomava as palavras de sempre como se nunca tivessem sido interrompidas.

Promessas antigas faziam-se novas. Acordavam-se sentimentos, desmaiados, em espanto.
O lugar era já outro e tudo permanecia como se não o fosse.

A mesma forma de sentir. O mesmo encanto.
Apesar do intervalo.

Olhavam-se os dois como o tinham feito da primeira vez.
Com a mesma ânsia de se saberem. A mesma vontade de se tocarem.

Ainda, apesar de tanto tempo de permeio!
Era assim e sê-lo-ia sempre.

Esconder-se-ia de novo até não lhe suportar a falta.
Tinha medo do que tanto amor lhe prometia.

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