Roma

Um muro que, pedra a pedra, aponta mil caminhos
(S. Pedro do Sul-foto telemóvel)


Todos os caminhos levam a Roma.

Mas será que o meu destino é Roma?
Ou é perder-me nas encruzilhadas que o caminho me traz?
Parar,reflectir, nao ir a lado nenhum?
Só pairar. Parar. Esperar.

Será sempre necessário avançar?

Caminhar sem olhar á minha volta,
no que implica cada passo,
sem regular velocidades, emoções e sem adequar trajectos.

Sento-me na encruzilhada e olho.
E sinto pela primeira vez,
vivo o que sinto sem caixa de velocidades.
Elevo-me para ver melhor,
aproximo-me para sentir melhor
e penso no caminho a seguir,

mas tenho o tempo todo do mundo.
Quando quiser, seguirei um.
O que mais me enternecer.
O que mais me quiser e precisar de mim,
como eu dele.

Agora, sento-me na encruzilhada.

Não, o meu destino, não é Roma.

Where have you been?

all over.
here and there, everywhere,allways present.

missing me?
you didn´t look right.
i´m like a spirit, like the soft wind, like a river flowing...
trying my best
being myself,
learning with so many things... people, children

life errors and love sorrow all in my soul

i´m flying over u
loving every living been
cause they feed my spirit and my heart.

stay with me
ill´ be allways with you.
promise.

Memória

entre a vida e a morte.
passagem.
tudo se recomeça e termina num ciclo imparável que nos exaure.
entre a alegria e a dor.
a lágrima.
o vazio.
o pleno.
a imensidão.
a luta dos sentires.
a perda.

a memória que abraça a perda.
pr'á reconquistar.

não te quebres memória.
que me trazes os que se vão.
não me atraiçoes nunca.

conto contigo.
pra celebrar o findar e o renascer dum novo dia.
com todos os que me enchem a vida.

Grades

Não. Não julgo. Recuso-me.
E quem tem o poder de julgar? A justiça humana... A divina...
A consciência humana essa mais que qualquer outra. A tua. A minha. A que nos deixa revisitar espaços, lugares e gentes.
Sempre de coração aberto. Partilhar sem ceder.
Dar sem perder. Receber sem tirar.
Beber e nunca matar a sede. mas saciá-la de quando em vez. Quando apetece.
Com o sorriso e a lagrima.
A dor e o prazer.
A luz e a escuridão.
Com o todo. Sem o pre- conceito.
Sem alinhavos.

Mar

Ninguém está sozinho aqui.
Daqui se parte em longa viagem para lá da linha do horizonte.
Aqui se chega sem nada, à espera de tudo.
Do outro lado, os mesmos sonhos, outros olhares que se cruzam perdidos em tanto mar.

Ninguem está sozinho aqui.
Quando te fores, leva nos olhos esta memória.
Se te faltar o mar,olha o céu.
Espelhado um no outro, far-te-á voltar aqui.
Onde ninguem está sozinho.

Ancoras

Não. Não me prendem as ancoras.
Levanto-as e parto.
Quando quero.

Presa, só porque amo e quando amo.
Porque quero e me faz bem.

Não. Não me prendem as ancoras.



A outra ponte

Onde existia a velha ponte, junto ao restaurante onde tantas vezes parámos, alguém improvisou uma seca de peixe.
Não penses que esqueci.
Era paragem obrigatória.
Agora é como vês ...
Doutra ponte mais alta, do que a, que fizeram