Alfazema

Em saquinhos nas gavetas, onde guardo tantas coisas.
e o cheiro a penetrar, a fazer parte inteira de tudo.
Um cheiro a campo, a frescura. Cheiro a tempo presente.
Presente nas memórias dos cheiros que conservo e mantenho.
Presente nos passos miúdos que ainda ouço, na brancura dos cabelos que penteei.
Na voz que desenhava histórias a meus olhos.
Tão pequena e tão grande na presença que me faz crescer ternura.

Nas gavetas onde guardo todas as coisas.

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