Um abraço

No abraço que me dás preciso de me sentir livre.
Poder dançar dentro dele a alegria do amor que sinto por ti.
Folgadamente. Sem apertos nem constrangimentos.
Não, não quero fugir do abraço que me estendes.

Gosto quando os dedos se juntam cruzando-se num enleio também ele abraço. Gosto assim. Desse duplo abraço que sem prender me conforta e não sufoca. Nunca.
Não é um abraço apertado que não me deixe respirar sem o teu sopro.

Somos os dois, em dois corpos separados, na mesma dança. E é assim que mesmo, ás vezes, em passos trocados a nossa dança se constrói: num abraço de espaços definidos e assumidos. Num abraço onde só cabemos nós e mais ninguém.

Um abraço na medida certa.

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