Que a faz pairar?
Que a faz ficar no entretanto do tempo?
Sabe as decisões a tomar e o caminho a seguir e deixa-se ficar ancorada á poeira dos dias passados. Como se pertencesse só lá. E fosse a névoa que se desprende do levantar das coisas que se deixam adormecer.
Paira. E não quer parar e ser outra coisa.
Deixa que algo se faça por si num lado de si que desconhece.
Porque nunca soube pairar. E desgasta-se. Em pó cinzento de nada.
Num buraco enorme a crescer sem rédeas num canto obscuro de si.
Um dia, um vento norte ou sul levantá-la -á para paragens distantes de que conhece o cheiro e o desejo.
Até lá pairará. Por não saber fazer mais nada.
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