Há coisas assim

Há coisas assim. Imprevistas. Coisas que nascem do nada e são um mundo.
E vivem-se intensamente. Com sofreguidão.
Coisas onde a sintonia simplesmente acontece.
Onde tudo é fácil.


E no entanto perdem-se.
Devagar, em despedidas que não se pressentem.
Faz-se tudo igual como se nunca houvesse um fim.
Como se a história que tivesse acontecido fosse ainda longa e nada pudesse perturbá-la.

De forma imprevista. Do mundo fica nada.
Há coisas assim.

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