Os nós e os laços

Agora, entendi-te.

Foi preciso perder de vista, para sempre neste espaço, quem eu gostava de visitar, sorrateira, para te perceber.

Lembras-te de me pedir para voltar?
Mesmo que nada fizesse. Mesmo que só ficasse quieta no meu canto.
Só precisavas que me deixasse ser olhada, por ti, de vez em quando?

Porque ás vezes nem são precisas as palavras nem os gestos. Basta um olhar.
Saber que as pessoas de quem gostamos de alguma forma estão presentes.

No espaço branco duma página outrora com vida ficou gravado um nó duma tristeza que não sabia explicar.

Lembrei-me de ti. Talvez tenhas sentido o mesmo.
Porque apesar das distâncias e da frieza das teclas, dos ecrãs que colorimos com palavras, criamos laços. Somos elos de correntes mais fortes que algum dia imaginámos possível.

Quando puder, enquanto puder, vou estar aqui.
Não quero nós de tristeza!

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