Quando...

Quando não sei de ti e te procuro em desespero.
Quando os meus sentidos alerta nada deixam escapar e mesmo assim não te sinto...
Imagino-te num lugar que desconheço mas sei cheio de perigos e medos que lá guardo para não os ver nem viver.

E sei de coisas que ninguém inventou.
E crescem histórias feitas de palavras com raízes de pavores que só nos pesadelos se enfrentam.
A minha vida deixa de o ser aqui e transforma-se presença num reino onde só o mal existe.

Temo por ti.

Vêem-me à memória as mensagens que me deixas. Os bilhetes que encontro dobrados entre a roupa que procuro para vestir ou debaixo da almofada onde deito a cabeça cansada ao fim do dia.
E os sorrisos que vêm com as memórias vão-se na água que as lágrimas quando caem sem cessar apagam sem piedade.

Temo por nós. Pela inevitabilidade de mundos assim, num tempo qualquer.

1 comentário:

  1. as vezes passamos por estes sentimentos como uma passagem para algo mais bonito

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