Quando os meus sentidos alerta nada deixam escapar e mesmo assim não te sinto...
Imagino-te num lugar que desconheço mas sei cheio de perigos e medos que lá guardo para não os ver nem viver.
E sei de coisas que ninguém inventou.
E crescem histórias feitas de palavras com raízes de pavores que só nos pesadelos se enfrentam.
A minha vida deixa de o ser aqui e transforma-se presença num reino onde só o mal existe.
Temo por ti.
Vêem-me à memória as mensagens que me deixas. Os bilhetes que encontro dobrados entre a roupa que procuro para vestir ou debaixo da almofada onde deito a cabeça cansada ao fim do dia.
E os sorrisos que vêm com as memórias vão-se na água que as lágrimas quando caem sem cessar apagam sem piedade.
Temo por nós. Pela inevitabilidade de mundos assim, num tempo qualquer.
as vezes passamos por estes sentimentos como uma passagem para algo mais bonito
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