Desenrolou-se do abraço de mansinho para não o acordar.
Espreitou-lhe o sono que pressentiu leve.
Encolheu-se, fez-se mais pequenina, esgueirou-se por entre os lençóis e escorreu cama abaixo.
Pé ante pé, abafou os ruídos surdos dos pés descalços no chão de madeira e foi até ao chuveiro.
Vigiavam-na os olhos semicerrados dele.
Cada movimento seu era sombra de si. Como se fosse parte sua.
Seguiu-a num ímpeto.
Apanhou o cabelo e entrou preparada para refrescar. Ouviu-o. Virou-se.
Olhou-a. Despiu-a de toda a nudez.
Agarrou-lhe os olhos, entrou-lhe na alma e perguntou-lhe: Namoras comigo?
Ela sorriu. Quase riu. Se já o fazia…!
Que sim. Acenou afirmativamente. E com a voz confirmou.
Sorriram os dois.
Ela virou-se. Teve todas as certezas.
Soube que ele faria as coisas que deveria fazer no tempo certo.
Deixou que a água lhe corresse pelo corpo e levasse as dúvidas que alguma vez tivera, se as tivera.
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