...Dizia que a amava!

Não, nunca lhe deu flores, nem no gesto, nem na intenção.
E mesmo assim, dizia que a amava!
Por muito tempo, ela, não lho achou necessário. Amava-o sem essas coisas. Perdoava-lhe essas ausências. E outras também.

Esquecia pequenos nadas que ela sempre lembrava. Lembrava nos mimos que lhe deixava. E sorria a esconder a lágrima que vinha teimosa quando sentia que mais uma vez era esquecida.
E mesmo assim dizia que a amava!

Faltava mesmo quando lhe pedia para vir. Mesmo quando era muito preciso. Tinha sempre coisas muito mais importantes.
E mesmo assim dizia que a amava!

E ela acreditava e dava o tempo todo do mundo.
Nos momentos mais importantes não esteve. Nos mais tristes, não esteve. Nos mais felizes, não esteve. E quando estava, já se ia embora.
E mesmo assim, dizia que a amava!

E ela sorria e vivia no pouco que tinha até um dia desistir.
E mesmo assim doeu. Porque o amava!

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