Sabia que voltar ali lhe traria algum desconforto.
Mas a vontade de o fazer crescia a cada momento. Era uma saudade quase sem sentido.
Ainda não estava pronta para visitar os lugares que um dia ocupara com prazer.
Faltavam-lhe os sorrisos que estava habituada a distribuir, as palavras que tinha para dar na hora certa… Sentia-se incompleta.
Fazia-o sorrateira. Em bicos de pés, com mil cuidados.
Apagava a sombra e soprava as pegadas levando os vestígios para sítios desconhecidos.
Não podiam dar por si. Agora não.
Só num futuro qualquer onde houvesse alegria.
Onde tudo o que sentia agora fosse só passado, nada mais.
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Somos construídos de passado. Algum bom, algum mau…Tudo será inevitavelmente passado, consequentemente, a alegria voltará.
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