Com pátria, nunca.
É como se sente no encolher de ombros e abandono de olhar que lhe vejo.
Nem cá, nem lá é de sitio algum.
Desdobra-se em línguas que aprendeu em retalhos de tempos divididos em espaços partilhados por outros assim.
Reparte com eles a mesma forma de sentir. O mesmo esvaziamento.
O não saber onde pertence afinal.
Atravessam-no culturas que nada têm em comum. Formas de estar e viver que o fazem ser estrangeiro em qualquer lugar.
Eternamente estrangeiro.
As raízes de que lhe falam, procura-as de cada vez que viaja até á terra de seus pais.
As raízes de que lhe falam, procura-as de cada vez que viaja até á terra de seus pais.
Em vão.
Sente-lhes cada vez mais a distância. E a dor de não pertencer a lado algum.
Volta-se como se fosse tudo normal.
Sente-se quase nómada. Sente quase sina.
Apetece-me o abraço com cheiro a casa que penso fazer-lhe falta.
Dói-me que se acomode.
Agarro-lhe a dor e sinto-a também.
Espalho-a por aqui em pinceladas de letras tristes.
Para que se vá.
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