Sobem-lhe em ondas as lágrimas que não pode já conter.
Longe de todos espraia a dor que sente dentro de si.
Precisa do espaço que ela lhe rouba a cada instante que passa.
Pressente outras que virão.
Apronta-lhes o canto que sabe, delas.
No peito que inspira e expira com dificuldade estes sentires.
Julgava-se longe de mágoas quando sentira a planura invadi-la.
Sentira-se forte e inexpugnável. Era frágil, nada mais.
Tudo volta a ser como dantes. Como carne em ferida aberta.
Dorida como já não se lembrava. Nem sonhara voltar a ser.
Renuncia ao que quer porque quer melhor e não sabe o que é.
Dulcilena deixa-se abater quando quer ainda lutar.
E morre na paz fétida em que se deixa cair.
Debate-se em inutilidades.
Fazer ou não fazer. Falar ou não falar.
A vontade é uma. È o coração que lha dita.
Deixa-se levar pela razão e sofre.
Deixa-se ficar e nada faz.
A não ser deixar o sofrimento crescer a cada minuto, cada vez mais.
Nunca saberá o que fazer nem o que deixar falar.
Se o coração, se a razão.
Mais alto fala a dor!
E consome-se.
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