Talvez

Talvez se cruzem de novo por aí num sítio qualquer.
Ou talvez não.
Talvez seja mesmo melhor assim.
Nunca mais se encontrarem.
Fazerem de conta que nunca se viram e até se apaixonaram.
Fazerem de conta que os beijos que deram não eram de amor.
Que quando se abraçavam, não era para acalentar a doçura dum sentir que crescia sem barreiras e sem medidas...

Talvez seja melhor inventar que não houve passado. Que a vida é só presente e futuro. E que nada se sabe ainda. E que só agora se começa a construção. E tudo até agora é um buraco imenso. E que daqui para a frente tudo é possível. E que daqui para traz é ilusão.

Talvez seja melhor inventar que não há passado.

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