Não alimento saudades. Não sei o que são. Não lhes conheço a cor.
Recuso-me a guardar-lhes espaço dentro de mim.
Ouço-lhes os passos e sei que os ecos ressoam de tal forma que fazem doer a alma de quem as sente.
Por isso as não guardo.
Se as sinto por breves instantes, sacudo-as e lanço-as aos primeiros ventos.
Não me importam a direcção que tomam. Importa-me que se vão.
As memórias, porque ainda recordo, essas ficam.
Sem um querer voltar. Deixo ficar as coisas no sítio onde ficaram em descanso.
Acredito que afinal encontraram o verdadeiro lugar. Se não me acompanharam, tinham uma razão. E descubro a cada dia essa verdade. No espaço que deixaram livre, novas coisas vão crescendo e aprendo a vida de surpresa em surpresa. De braços abertos.
Sem saudade. Nem de ontem nem de amanhã.
Um dia de cada vez, devagarinho. Passo a passo, com a sofreguidão de nada deixar para trás. Só isso.
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Aqui cheguei, pela imagem... gostei, mas gostei mesmo a sério.
ResponderEliminarSurpreso... afinal é casa de gente conhecida.
Gostar é mesmo isso.
KK