Tardam sempre as palavras
Tardam sempre as palavras quando delas precisamos.
Secam num lugar qualquer, perdidas em labirintos indesvendáveis.
Na cabeça latejam mudas e no peito debatem-se em fúrias desordenadas. Calam-se na garganta onde não vibram as ondas que lhes dão voz.
Amontoam-se desordenadas, enredadas em si. Caem em catadupa num turbilhão insustentável num poço sem fundo onde nos precipitamos também em tontura desenfreada.
Tanta coisa para dizer e um deserto árido de legendas pela frente… Ou a vista turva, talvez, porque a encandeiam as palavras duma tempestade qualquer.
Só mais tarde, muito mais tarde…
As palavras transbordam de entendimento e já não são necessárias.
Perderam-se no tempo.
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A foto é lindíssima!
ResponderEliminarcomo te entendo. nem sempre surgem quando delas precisamos e fica o silêncio onde elas.
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