Naquele momento não soube o que fazer.
Como ser sem deixar de ser para que tudo encaixasse, tornava-se dúbio.
Sabia o que sentia e como lhe nasceram dentro de si as pequenas coisas que a deixavam assim.
Faltava-lhe a certeza dos gestos e das palavras.
Como se tudo o que tivesse aprendido, agora, não lhe servisse de nada.
Tudo o que fizesse mostraria parte dela. Nas formas que os outros entendiam desenhar-se de si.
Outras partes se perderiam e no entanto não se escondia.
Tinha acontecido já doutras vezes. Nem os gestos ensaiados, as palavras decoradas a podiam ajudar.
Nunca. E seria sempre assim.
Há sentimentos que temos dificuldade em vestir embora sejam feitos de nós.
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