Silêncio...

Pediu-lhe resposta. Queria perceber o que ia dentro dela.
Aquele silêncio incomodou-o. Como se ela se afastasse ou fugisse e entre eles se cavasse um fosso profundo.

Depois de tudo o que lhe havia dito, não percebia o que estava a acontecer.
Podia ter pena, demonstrar alguma simpatia, indignar-se… Mas não fez nada disso. Calou-se.

Não sabia porque contava aquelas coisas. Mas tinha necessidade de o fazer fosse a quem fosse.
Apesar de tudo o que lhe acontecera não sabia bem o que esperar.

E sentia-se tão injustiçado…Pela vida.

No caminho que encontrara para sobreviver deveriam estar todas as respostas.
Em troca do amor que lhe foi negado, daria amor.
Dessa capacidade, de dar, não tinha sido destituído.
Seria a sua vingança.
Um amor distribuído a quem o quisesse receber ou a quem dele precisasse.

Ela sentiu-lhe a amargura. E só conseguiu ver isso.
Calava-se por lha começar a sentir também.

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