Talvez

Era, talvez, impossível saber tudo das coisas.
Mesmo que fossem tocadas e sentidas ao longo do caminho percorrido. Mesmo, até, se fossem de novo vividas. E nem o privilégio de as ter já conhecido faria adivinhar o seu futuro.
De recomeço em recomeço tudo se fazia novo, inexplorado.

A aventura por terrenos que outros habitaram deixava perdido quem por lá passava.
Porque os mapas se reconstruíam por quem os desenhasse. Eternamente inacabados.

Os sinais apesar de tudo não deixavam nunca de existir.
Era o rumo que a vontade tomava que os sabia lá.
Sempre doutra forma. Na medida do que se era então.
Por isso era tudo sempre novo e impossível de conhecer.

Absorver e integrar era a constante.
Descobrir, a vontade.
Aprendiz, a condição.
Viver a tempo inteiro, o mote.
Do tão pouco que se sabe, construir

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