Castigo

O pano desceu já. Todos saíram. As cadeiras ficaram vazias.
A pouco e pouco as luzes apagam-se e defronto-me entre o escuro que em mim plantaste e a luz que sonhei.
Deixo que uma a uma, as lágrimas, verta.
Recordo as falas, os gestos, o teu rosto, o teu jeito de ser. Tudo o que há para lembrar.

Levanto-me e saio agora. Mesmo que queira ficar.
Levo-te comigo mesmo que te queira deixar.

Ter-te sabido é meu castigo.

1 comentário:

  1. Eloquente e belo como sempre. Faz-me pensar que a vida no fim é um albúm de recordações. Há que preencher o albúm :)
    Beijo grande para a amiga.

    Vasco

    ResponderEliminar