O teu sabor

Há coisas que não levantam poeira nem aragem de tão leves serem.
Que são como o ar que respiramos no meio do mato.
Com o cheiro ás coisas boas da infância e lembranças de piqueniques com jogos de esconde-esconde á mistura.
Assim como acordar com a luz do sol todas as manhãs quando o sono já se foi e apetece pular da cama.

Essas coisas têm o teu sabor.

Um sabor que não precisa de crescer em nós, nasce connosco.
Como se fosse um radar. Assim que se encontra igual, sabe-se que se está bem, reconhece-se.

Lembras-te quando as palavras se atropelam a dizer o mesmo ao mesmo tempo?
E quando a gargalhada nasce sem saberes ainda o que te vou contar?
Ah! E quando as minhas lágrimas não caem, amparadas no dique dos sorrisos que me plantas... Não posso esquecer.

E tinha de ser... Olharmos na mesma direcção e vermos as mesmas coisas.
Querer fazer doutra forma e ser igual. Como em reflexo. Num espelho perfeito num dia de luz sem igual.

E como eu gosto do teu sabor!

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