Há muito que não se sentia vivo.Que não percebia para onde tinham ido as coisas que um dia lhe puseram sorrisos nos lábios.
De mil e um voos, de mil e uma partidas e chegadas, tudo se arrecada na viagem. Nada fica para trás, carregado nas memórias que ainda o são. Para um tempo em que não existam.
Há muito que não se sentia vivo.
Conhecia-o porque não podia ser doutra forma.
Tudo ia acontecer com a mesma simplicidade.
Porque a bagagem, de tão pesada, ás vezes se arrasta e me arrasta com ela para lugares antigos e sempre iguais.
Haverá um Presente enorme do tamanho das nossas vidas. Sem ontem nem amanhã.
Bryan Adams - Have you ever really loved a woman
To really love a woman,
To understand her,
You've got to know her deep inside...
Hear every thought,
See every dream,
And give her wings when she wants to fly.
Then when you find yourself lying helpless in her arms...
You know you really love a woman
When you love a woman,
You tell her that she's really wanted.
When you love a woman,
You tell her that she's the one.
She needs somebody, to tell her that it's gonna last forever.
So tell me have you ever really...
really, really ever loved a woman?
To really love a woman,
Let her hold you,
Till you know how she needs to be touched.
You've got to breathe her, really taste her,
Till you can feel her in your blood.
And when you see your unborn children in her eyes...
You've got to give her some faith,
Hold her tight, a little tenderness.
You've got to treat her right.
She will be there for you taking good care of you...
You really gotta love your woman.
And when you find yourself lying helpless in her arms,
You know you really love a woman.
When you love a woman,
You tell her that she's really wanted.
When you love a woman,
You tell her that she's the one.
She needs somebody, to tell her that it's gonna last forever.
So tell me have you ever really...
really, really ever loved a woman?
Um dia, cansada de tudo e de tanto calar, disse-lhe.
Não sei. Não sei se é medo.
Sei como é. Já lá morei. Nesse tempo. No tempo de todas as tristezas. Em que as noites não têm estrelas e os sonhos não as habitam porque os olhos não reconhecem a fadiga.
Tem no Jardim, Flores que o seu Coração escolheu. Trata delas, como doutras, embora ausentes. Dá-lhe pena ver seu Coração triste. Chora com ele também. Sabe que escolhe sem razões. Sabe que escolhe porque sim. Então, rega, ajeita e cuida com muita ternura. Um dia talvez peguem e floresçam. Talvez o seu aroma se faça sentir.
Durante muito tempo não tivera nada. Mas sentira que tivera tudo a que tinha direito. A nada. Era o que sempre tivera afinal. E chegava-lhe. A sua forma natural de estar e ser era assim. Despojada e sózinha. Apartada de tudo e de todos. Visitava as pessoas e as coisas de forma fortuita sem incomodar. Pelo tempo necessário, indispensável. Afastava-se logo.
A lágrima que espreita teimosa, instalada á beira da queda, não está aí por teimosia.
