Estrangeiros

Ás vezes parecemos forasteiros dentro das nossas casas.
Sentimo-nos assim.
Ás vezes pior ainda. Estrangeiros com linguagens que ninguém nunca aprendeu.
E o que dizemos, só nós sentimos. E o que ouvimos não faz eco em nós.
Porque se desconhece. Pelas ausências que fazemos em procuras sem rumos e com destinos desconhecidos.
Pela estranheza que se cria quando tudo é novo e desigual do que se sonha dentro de nós. Porque á nossa volta tudo gira mesmo que teimemos em ficar parados.
Um dia rasará outro forasteiro como nós,por nós, falando a mesma lingua, usando os mesmos gestos, habitando os mesmos sonhos.
Nem que seja por um segundo. Fá-lo-á. Talvez se fique e demore.
E juntos quem sabe, sejamos completos.
Ou não!

Saber que existe, já vai valer a pena!

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