![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhvQ4sOVZV5W6Jg-tUH0gDTrXXHkhOLJ6tmw3Jt0ImWlixftkTRpnsf0-Z6G12bEFZ58pR8qupcK0CgPytUE5Uhdoj1Im8U0JNp5pYou6PiepSVBVEY5j98BsmiOVdcR8UDEXPUaKrRLKA/s400/olhares+080.jpg)
Sabes? A minha dor maior é saber que o tenho sem o ter. É saber que ele existe.
Que está presente para todos e ausente para mim.
É precisar de lhe sentir o aperto do abraço, de lhe ver o sorriso, de o ouvir até zangado... De sentir de novo, que me exige mais e sempre. Que marque horas e me espere quando saio. Que até nem goste de quem eu gosto. Até disso. Das coisas que só doíam eu sinto falta.
E sei-o lá. Vivo. Presente.
Comigo, já não está mais. Quase que queria sabê-lo doutra forma. Entendes?
Entendeu. Não podia deixar de o fazer. Sentia a par com ela, desde sempre.
Quiz ser tudo!
Apeteceu-lhe ser pai e mãe num só. Ou ser só pai, e estar ali. Presente. E ser tudo, e dar-lhe tudo, o que ela queria , precisava, merecia... Tudo o que lhe faltava.
E teve raiva de ser só ela. De ser tão pouco. De lhe ter dado um pai assim. De ser só mãe.
Teria sido ventre e tê-la-ia embalado de novo em si. Não metafóricamente mas duma forma real. Estaria protegida, trataria dela, poupá-la-ia.
Só lhes restava o abraço. E a certeza de que a amaria com a força de mil pais.
E a certeza dorida de que nunca seria capaz. Mas essa guardou-a para si.
E era uma dor a duas. Uma dor presa na alma a bater forte no coração, a pedir alívio. Uma dor que penosamente ela entendia tão bem!
E só podia dizer-lhe que a amava. E que ele também, só a podia amar. Á sua maneira. Duma maneira que nenhuma entendia. Mas era impossível não a amar.
Um dia, ele aprenderia a dizê-lo, a mostrá-lo, a estar presente.
Até lá prometeram. Seriam as maiores, as melhores, as mais lindas, porque mereciam!
Sofrido...no entanto saboroso Momento este...voltarei...não como promessa, mas como certeza de que irei sem duvida Sorrir...
ResponderEliminaraté mais ler...;o)