Não sei

Não sei. Não sei se é medo.
Não sei se é conformismo. Ou alienação.
E, depois, para quê dar nomes ás coisas que não se explicam em nós?
Ás coisas que sabemos claramente, doridamente, mas não vemos reflectidas, embora só isso possam ser.
Cobardia? Seremos nós maiores? Mais capazes de viver e enfrentar as coisas sem rodeios inventados e desculpas desencantadas na pressa da fuga?

Tens razão. A tua realidade não é a dos outros. Porque tu a olhas de frente. Enfrenta-la, amparas-lhe os ventos e segues em frente. Tens a força de querer viver. A ousadia de te afirmares. A audácia de ser quem és contra correntes e marés.

Porque avançamos nós e os outros se ficam? Porque corremos riscos enquanto todos se defendem? Seremos loucos?
Não sei que nos move. Não sei o que trava os outros.

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