Axel

Ao Axel porque já não caminha connosco.
Apetecia-me bater-te.
De tanta raiva.
Era único. Conquistou-me sem demoras. Um bébé grande e pesado.
Revelava em ti partes que não assumias. Na forma especial de estares com ele. Na maneira como brincavam e se entendiam.
Como o conseguiste fazer?
Doi-me porque não entendo.
Doi-me como se tivesse sido meu. Porque o foi também um pouco.
Tive longas conversas com ele. Soube mais de mim do que algum dia tu saberás.
E mimava-me com aquele olhar doce tão peculiar.
Era sem dúvida a parte melhor de ti.
E ... nem o consigo dizer. Porque me parece impossivel.
Como foste capaz?

Choro-o.
Sei que o vou chorar por algum tempo. Pelo tempo da lembrança.
Que raiva que eu sinto de ti!

Axel grande e doce, amigão! Companheiro.
Que dor por ter sido assim. Por não ter chegado ainda o teu tempo.
Nunca pensei chorar-te. Nunca o tinha feito apesar da distância.
Faço-o agora com a náusea de saber como foi.

1 comentário:

  1. Apenas e só, porque o amava consegui fazer o que fiz...preferi entrega-lo aos anjos protectores do que faze-lo sofrer preso numa qualquer jaula de um qualquer dono que também teimava em aparecer. Perder o meu amigo inseparável e incansável, terno meigo e bruto ao mesmo tempo, foi uma perca terrivel que dificilmente outro animal me poderá compensar. Foi sem duvida o meu melhor amigo de sempre. Ficará na memória, minha e dos meus amigos humanos, por certo como um bom AMIGO. o meu AXEL. Obrigado pelas palavras. Beijo

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