Vadio de mim

Porque a bagagem, de tão pesada, ás vezes se arrasta e me arrasta com ela para lugares antigos e sempre iguais.
Porque de mim me canso, de tanta vida e tanta gente e tanta história... De tanta realidade!
Vadio. Para fora de mim e do que tenho.
Deixo tudo. Levo-me só.
Entrego-me ás coisas com tudo o que tenho a cada momento. Se nada tiver, tudo dou desse nada que me enche. Se algo tiver também darei. Nesse tempo em que vadio nada me faz falta.

Preciso de olhar e ver. Nada mais.
Mas ver para fora, para longe, para e até onde a vista se pode estender. Em vadiagem.

Agora vou vadiar! Não sei até quando. Nunca importa até quando.
Serei leve, estarei tranquila pelo tempo que quiser e puder!

1 comentário: