Coisas minhas

A Helena anda pelos blogues como eu. Encontrei-a há dias em desabafos de vontades esquecidas. No prazer da redescoberta da escrita. E de como lhe sabem as palavras que têm cheiros e sons doutros tempos. Contava como se levantava a meio da noite para as satisfazer, a essas vontades. E de como escrever à mão pode estar já tão longe. Falava da estranheza de escrever com a caneta que apanhou á mão e na saudade dos traços que quase desconhecia.
Achei curioso. Talvez por me rever nalguns gestos.
Porque essas urgências me são familiares. E cumpro-as, não vá a memória trair-me. Porque as palavras que tomam corpo no caderninho onde as desenho têm a cor da minha alma e o sabor sentido do bater do coração. São magia pura. Confesso a paixão que lhes tenho e o prazer infindo de as fazer brotar. Coisas minhas... pensava eu.
Coisas de tanta gente!

1 comentário:

  1. Que maravilha de escrita...
    Gosto de ler quem o sabe fazer; com elegância, com arte, descrevendo cada momento na altura certa.
    Parabéns!
    Gostei de ter estado aqui.
    Tenho um amigo que me diz: «ao ler um livro, se houver uma frase que me toque a alma, já valeu a pena tê-lo lido».
    Assim, por este post, já valeu a pena ter conhecido quem conheci!!!

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