Flô


Tinha uma adivinha no nome de que ninguém suspeitava. Denunciava-se para que a soubessem. Era um nome vulgar. Nome de flor, que foi, nome de gente também.
Nome nas mulheres da sua terra. E, em canteiros que, bordeavam portas e cancelas.
De mil nomes e mil cores, enraízadas em troncos fortes e espinhosos.
Flor protegida por si, dos demais. Perfume que atrai. Beleza que doi.
Cores dum arco-íris em terra.

Desfeia-se, pétala a pétala, para enfeitar novos jardins. Jardins onde se semeia esperança de felicidade para sempre.

Presa entre páginas dum livro, lido vezes sem conta, faz repousar a memória duma despedida ou dum instante de amor. Em flor.
A Flor.

Ou Flô , como ele lhe chamava, na sua lingua criança. Flô, porque continha todas as flores, formas, cores,odores...
Era todo um universo contido no nome vulgar de Mulher. Flô.
Flô, agarra-me Flô!

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