De mil e um voos, de mil e uma partidas e chegadas, tudo se arrecada na viagem. Nada fica para trás, carregado nas memórias que ainda o são. Para um tempo em que não existam.
Rato de biblioteca, na avidez de novas palavras e combinações, Maria não perde o tempo que é livre de usar. Em casa no semiescuro, à luz insípida duma lamparina embala-se nas leituras disponíveis. Agradece à santa e á devoção de quem a alumia. Sem testemunhas, descobre respostas a mil perguntas que a invadem. E entrega-se saciando a fome que a atormenta. E que cresce a cada dia.
Não importa o que sou nem quem sou. Importa que sou.
Foi ele...
O Daniel é que teve a culpa. Um dia, de forma inocente, depois de ver algumas fotos, sugeriu que as mostrasse. Só o faria se ele ajudasse... E, não é que ajudou!
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